top of page

Paróquia Nossa Senhora Consolata

Foto Paroquia.jpg
IMG-20171111-WA0062.jpg

A chegada dos primeiros moradores à Cafelândia se deu pela exuberância de matas e solos férteis, ocorrendo pouco antes de 1950.

As primeiras famílias a se estabelecerem na região de Cafelândia (não mais do que 10), trouxeram de suas localidades de origem no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, e de partes do Paraná, um arraigado sentimento de religiosidade, trazido de berço e comum entre as famílias católicas.

Essas primeiras famílias, reuniam-se frequentemente para rezar o terço e, consequentemente, as primeiras missas começaram a ser celebradas, ao ar livre, pelo Padre Germano, que a cada dois meses passava pela região, em seu cavalo.

Essas reuniões, para esses pioneiros, possuíam duplo sentimento: da fé e gratidão a Deus e da fraternidade e união aos irmãos.

No fim de uma noite de inverno, em 19 de junho de 1952, chega à Cafelândia (na época denominada Caixão) um sacerdote italiano chamado de Luis Luise, da Congregação dos Padres Missionários de Nossa Senhora Consolata, que havia sido designado para atender a região eclesiástica de Cascavel, à qual Cafelândia estava subordinada, selando assim para sempre o destino desta cidade e seu povo.

Após, refeito da longa e cansativa viagem, Padre Luis Luise, celebrou uma missa a céu aberto com as famílias da localidade. Em um misto de louvor e compromisso, durante o sermão, o Padre pede aos fiéis que fincassem um cruz em profundidade, onde era conhecido como o marco zero do local (hoje no entroncamento das ruas Marechal Lott e Presidente Vargas), o sinal mais pleno de fé destas famílias.

Assim, a primeira cruz foi erguida, rústica, de madeira ainda verde, tirada da mata virgem, cultivando um sonho ao povoado para futura construção de uma capela e, consequentemente, edificar uma igreja, concretizando os laços de fraternidade e união entre as famílias fundadoras.

Incentivados pelo padre missionário, no começo do ano de 1953, foi erguida a primeira capela, ao lado da admirada cruz, envolvendo toda a comunidade, homens e mulheres, construindo amizades e desenvolvendo o espirito fraterno.

Em março do mesmo ano a comunidade adentra a capela para a celebração da missa inaugural, tendo padre Luiz Luise apresentado um quadro de Nossa Mãe Consolata, patronesse da congregação em que pertencia, sugerindo por meio de um discurso suave, mas firme e convincente, que nossa mãe protetora fosse adotada como padroeira do lugar, gerando diversas debates entre a comunidade, vez que a comunidade cultivava grande devoção por Santo Antônio.

Porém, após as palavras de Padre Luiz Luise tocar o coração dos presentes, Nossa Senhora Consolata foi exaltada, bem-vinda e bem-aventurada, esta que chorou por seu Filho, estava incumbida, daí em diante, de promover alegria e paz a estes “novos filhos”, que a adotaram como mãe, passando a assim a capela e a localidade a se chamar “Consolata”.

Anos mais tarde, em razão do clima e do solo propício ao plantio de café, a cidade passou a adotar o nome de “Cafelândia”.

Após, praticamente pronta, foi doado o primeiro sino a capela pelo Sr. Luiz Bertoli, estando assim pronta a primeira capela do município, tendo sido construída com alicerces de fé, amor, fraternidade e devoção dos fieis que ali habitavam.

Quatro anos depois da primeira capela ter sido inaugurada, finalmente Cafelândia ganhou seu primeiro vigário. Era o Padre Vitoldo Kosiski, que foi empossado no dia 20 de julho de 1958 por Dom Manoel Koener, prelado de

Laranjeiras do Sul. Nesta data deu-se como instalada a Paroquia Nossa Senhora Consolata .

Durante quase cinco anos, até maio de 1963, padre Vitoldo foi o guia espiritual da comunidade católica cafelandense.

Em junho de 1963, padre Luis Luise assume a paroquia do distrito, prestando assistência religiosa não só a população da sede urbana, nucleada em torno da igreja matriz, mas também aos moradores do interior, onde com o passar do tempo seriam construídas várias capelas. Nesta época  a Paroquia  abrangia a região da velha Melissa , Nova Aurora , Formosa Do Oeste, Assis Chateaubriand, Jesuitas e Palmitopolis.

Ainda Neste ano de 1963 sob o olhar protetor de Nossa Senhora Consolata, o padre Luis, juntamente com 32 agricultores, fundaram a Coperativa Agrícola Consolata – Copacol.

No campo educacional, merece ser ressaltado o emprenho do Padre Luis Luise na construção do Pequeno Seminário São José Cafasso, para alunos de 1º grau.

Também foram importantes as gestões desenvolvidas pelo pároco para que irmãs missionarias da Consolata se estabelecessem em Cafelândia. Após longa expectativa por parte da comunidade, as irmãs chegaram em 8 de fevereiro de 1964 e em março do mesmo ano iniciaram suas atividades na então Escola João XXIII, que oferecia o curso primário de 1ª a 4ª series.

A primeira Capela instalada pelos pioneiros foi substituída por uma nova igreja, construída também em madeira na Avenida Marechal Lott, próxima a atual Praça Brasília. Anos depois, o padre Luis coordenou as obras de construção de uma Igreja Matriz (em alvenaria), inaugurada solenemente no dia 21 de junho de 1970 na presença de Dom Mazzarotto, bispo auxiliar de Curitiba, e de Dom Armando Cirio, bispo de Toledo.

Em 13 de dezembro de 1992, após 30 anos de serviços prestados à comunidade, os Missionários da Consolata deixam Cafelândia e os padres Diocesanos assumem a Paroquia Nossa Senhora Consolata.

O Pároco atual é o padre Nilton Cesar Pedro, que a frente da comunidade mantem firme a fé e a devoção por Maria Santíssima, na forma de Nossa Senhora Consolata, esta que  é mãe que ampara, protege, intercede e consola o coração de seus filhos amados e devotos.

 

 

Obs: Textos extraídos da apostila Crer e Vencer, escrito por Camilo Motter.

História Nossa Senhora Consolata

Foto da Nossa Senhora Consolata.jpg

Origem da devoção

Segundo uma antiga tradição, o quadro de Nossa Senhora Consolata foi trazido da Palestina na metade do século V por Santo Eusébio, que o doou a São Máximo, Bispo de Turim. Este, no ano 440, o expôs à veneração num altarzinho da igreja do Apóstolo Santo André na cidade de Turim.

Maria começou a distribuir muitas graças e o povo começou a invocá-la com os títulos de “Mãe das Consolações”, “Consoladora dos Aflitos”, e “Consolata” (forma popular de “Consoladora”).

Desaparecido por um século

O quadro de Nossa Senhora permaneceu exposto à veneração dos fiéis durante quatro séculos. Porém, por volta do ano 820 penetrou na cidade de Turim a heresia dos iconoclastas (pessoas que destruíam toda e qualquer imagem exposta ao culto). Temendo que o quadro da Consolata fosse destruído, os religiosos resolveram escondê-lo nos subterrâneos da igreja. A perseguição se prolongou por longos anos e as pessoas que o haviam escondido morreram sem revelar o lugar do esconderijo. O quadro ficou desaparecido pelo espaço de um século. Isto fez com que os fiéis deixassem de freqüentar o oratório e perdessem a lembrança da Virgem.

Entre ruínas

No ano 1014, Nossa Senhora apareceu a Arduíno, Marquês de Ivréia, gravemente enfermo, e pediu-lhe que construísse três capelas em sua honra, sendo uma em Turim, junto às ruínas da antiga igreja de Santo André. Curado, o Marquês logo mandou construir as três capelas.

Ao fazerem as escavações para os alicerces da capela de Turim, os operários encontraram no meio dos escombros o quadro da Consolata, ainda intacto, apesar de ser uma pintura em tela.

O fato encheu de alegria a população da cidade e a devoção renasceu mais forte que antes. Porém, numerosas guerras, epidemias e invasões fizeram com que muitos habitantes abandonassem a cidade. A igreja de Santo André e a capela de Nossa Senhora foram desmoronando e tudo acabou novamente num monte de escombros. E o quadro da Consolata, mais uma vez, ficou mergulhado nas ruínas pelo espaço de 80 anos.

A festa de 20 de junho

Em 1104, um cego de Briançon (pequena cidade da França), chamado João Ravache, teve uma visão de Nossa Senhora: a Virgem prometeu devolver-lhe a luz dos olhos se fosse a Turim visitar sua capela que jazia em ruínas. Lutando contra muitas dificuldades o cego partiu e, ao chegar, o Bispo Mainardo o acolheu. Ciente de que se tratava de um fato real, mandou fazer as escavações no local mencionado durante a visão. No dia 20 de junho de 1104, o quadro da Consolata foi reencontrado sob as ruínas, ainda intacto. João, conduzido à presença do quadro, recuperou instantaneamente a vista. O Bispo, comovido, ergueu repetidas vezes esta invocação a Nossa Senhora: “Rogai por nós, Virgem Consoladora!” E o povo respondeu: “Intercedei pelo vosso povo!” Assim, o dia 20 de junho tornou-se o dia da Consolata.

Missionários e missionárias da Consolata

Depois de 15 séculos, no local do primeiro oratório, surgiu o devoto santuário da Consolata, que se tornou o coração mariano de todo o norte da Itália. Foi junto àquele santuário que o Bem-aventurado José Allamano fundou o Instituto dos Missionários e das Missionárias. Atualmente, a devoção à Consolata é conhecida em muitos países de vários continentes. No Brasil surgiu em 1937, com a chegada dos primeiros missionários.

 

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA CONSOLATA

Oprimido pelas tribulações, e reconhecendo minhas falhas e negligências, a vós recorro, Virgem Maria. Vós sois no céu li Rainha dos Anjos e dos Santos, mas aqui na terra quereis se a Mãe das Consolações. Vós sois a Consolata e eu vosso filho. Quero ser semelhante a vós, quero ser consolado. Não peço honras, prazeres ou riquezas, só vos peço consolação.

Mãe dulcíssima, vós sabeis o modo; conheceis o caminho para ouvir-me, por isso confio plenamente em vós! Dizei uma palavra a Jesus que, com tanto amor e carinho, trazeis em vossos braços, e provarei a alegria do conforto. Consolado por vós e pelo vosso filho, saberei sofrer em paz as minhas penas; ser-me-á mais suave a dor e mais serena a morte. E quando chegar junto aos vosso trono, cantarei, eternamente, as vossas misericórdias. Assim seja.

 

 

Fonte: http://www.a12.com/academia/titulos-de-nossa-senhora/nossa-senhora-consolata-1

bottom of page